“Honrai a Minha Mãe
como Eu, que sou o Verbo e, acima de tudo,
A honro;
não deveria Eu, então, desejar que vós,
que não sois senão cinza e pó,
A reconhecêsseis como Rainha do Céu
e A honrásseis?
A Minha dor, é ver como a Minha Criação
reconhece tão pouco a Sua importância.”
(Mensagem de 22 de dezembro de 1987)
Ao honrar Nossa Senhora, queremos mostrar todo o respeito que temos por ela, prestar homenagem às inúmeras graças que lhe foram concedidas, especialmente o dom sublime da Maternidade Divina. Queremos também chamar a atenção para todos os méritos que ela adquiriu como verdadeira discípula do Senhor, cheia de fé perfeita e de caridade inabalável.
O papel da Santíssima Virgem Maria nos nossos tempos, na Igreja, no Céu e na história da humanidade é muitas vezes interpretado de diferentes maneiras, dependendo da tradição sob a qual a pessoa foi educada. As Mensagens de A Verdadeira Vida em Deus revelaram a muitos, agora, no nosso tempo, “o que os olhos não viram” e os “ouvidos não ouviram”. Não é diferente com Maria, a “Mãe de Nosso Senhor”.
Maria nas Escrituras
O que é que a Bíblia diz sobre Maria de Nazaré, a Mãe de Jesus Cristo? E qual é o ensinamento que estes textos querem transmitir aos crentes?
Durante muitos anos temeu-se que o culto a Maria pudesse comprometer a fé em Jesus Cristo, o único mediador entre Deus e os homens. Mas Maria tem o seu lugar no Credo da Igreja, pois as afirmações dogmáticas sobre Maria têm um fundamento bíblico muito sólido.
Antes de mais, a Sagrada Escritura menciona Maria (em hebraico Miryam), escolhida por Deus para ser a Mãe do Seu Filho.
As Escrituras dizem estas Palavras: “Mãe do meu Senhor”. Isabel pronunciou estas palavras inspirada pelo Espírito Santo. Escreve: “Bendita és Tu entre todas as mulheres, e bendito é o fruto do Teu ventre! E donde me é dado que venha ter comigo a Mãe do meu Senhor?”1 (Mensagem de 10 de fevereiro de 1988).
Na Anunciação, no momento em que se cumpre a promessa de Deus, Maria pronuncia o sim da fé. O testemunho do Novo Testamento sobre Maria não se limita, no entanto, aos relatos da infância de Jesus em Mateus e Lucas, mas também encontramos Maria durante a missão terrena de Jesus 2. Percorre também a Via Sacra. Mantém-se fiel ao “sim” que disse no início, na fé, e fica com “o discípulo que Jesus amava“, ao pé da Cruz 3. Ela é a “Mãe das dores“. Por fim, encontramo-la de novo na comunidade primitiva de Jerusalém, na oração pela vinda do Espírito Santo 4.
Nesta história, Maria ocupa um lugar único, no momento em que a promessa divina se realiza plenamente. Situa-Se na “plenitude dos tempos“, quando Deus enviou o Seu Filho, “nascido de uma mulher” 5. É a ela que se aplicam as palavras da sua prima Isabel: “Bem-aventurada aquela que acreditou” 6. Por isso, no anúncio do nascimento de Jesus, ela é interpelada com as mesmas palavras com que o Antigo Testamento se dirige a Israel, a “Filha de Sião“: “Alegra-te” 7. Este ” Grita de alegria, ó filha de Sião! Canta alegremente, ó Israel! Alegra-te e exulta com todo o teu coração, ó filha de Jerusalém! “8. Maria é, portanto, a Filha de Sião, a representante de Israel na hora em que a sua esperança se realiza.
A própria Maria canta o cumprimento da promessa do Antigo Testamento no Novo Testamento, neste hino a que chamamos Magnificat9. Este texto está cheio de alusões ao Antigo Testamento e, ao mesmo tempo, indica que Maria antecipa o Evangelho do Novo Testamento, especialmente o Sermão da Montanha, que proclama bem-aventurados os pobres, os pequeninos, os aflitos e os perseguidos. Maria é, portanto, o modelo e o protótipo da fé cristã. Guarda e medita no seu coração o que viu e ouviu de Deus 10.
É o que ortodoxos, católicos e protestantes afirmam em comum sobre Maria. “Maria faz parte do Evangelho“, afirma o Catecismo Protestante para Adultos. “Assim, Maria é o protótipo dos homens que se abrem a Deus e se deixam preencher por Deus, o protótipo da comunidade dos crentes, da Igreja“.
Maria, a Nova Eva que, “pela sua obediência, se tornou causa de salvação para si e para todo o gênero humano“. “Assim, o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria“11. Assim, o nó da desobediência de Eva foi desatado pela obediência de Maria. Estas afirmações não contradizem de modo algum o fato de que só Jesus Cristo é o Salvador de toda a humanidade. Maria é apenas a humilde serva do Senhor. É, como todos nós, redimida por Jesus Cristo. Mas, no ato da redenção, Deus quer ouvir um sim livremente pronunciado pela sua criatura. O fiat de Maria, o “sim” de Maria: “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra” 12O livro de João Paulo II, que é o primeiro a ser publicado, expressa de forma exemplar que Deus quer fazer uma aliança com os homens, entrar em diálogo com eles e dar-lhes a oportunidade de viverem como seus amigos em comunhão com ele.
Títulos de Maria
O próprio Senhor adorna a Sua Mãe com muitos títulos de honra nas Mensagens. Aqui tens muitos deles:
Santa Mãe de Deus, ( 10.2.88; 10.5.88; 3.12.88; 5.10.92; 27.1.96; 25.3 ; 3.4.96; 9.4.96)
Virgem das virgens, ( 3.4.96)
Santa Corredentora, ( 11.11.93; 25.3.96)
Mãe do Senhor, ( 10.1.90)
Mãe do Verbo Encarnado, ( 10.2.88; 22.4.90)
Mãe de Cristo, ( 6.9.86; 9.11.86; 29.4.87)
Mãe do Redentor, ( 31.1.90)
Mãe da graça divina, ( 25.3.96)
Amada Mãe de Deus, ( 10.2.88)
Mãe honrada por Deus, ( 8.10.97; 25.1.88; 19.3.88)
rogai por nós; Mãe digna de honras, ( 22.12.87)
rogai por nós; Mãe digna de veneração, ( 22.12.87)
Mãe que precede a vinda do Senhor, ( 10.10.90)
Mãe que concebeu o nosso Salvador, ( 13.12.92)
Mãe que concebeu Deus, ( 14.8.89)
Mãe da Videira Verdadeira, ( 4.4.97)
Mãe do Amor Divino, ( 4.4.97)
Mãe que alimentou o nosso Deus, ( 10.2.88)
Mãe cujos braços levaram o Filho pelo deserto, ( 27.1.96)
Mãe inseparável de Deus, ( 26.1.88)
Mãe da incomparável Redenção, ( 25.3.96; 4.4.97)
Mãe do nosso Salvador ( 15.8.88; 26.9.88; 31.1.90; 10.10.90)
Mãe de toda a humanidade, ( 26.9.88; 21.11.88; 24.11.91; 9.9.92; 5.10.92)
Mãe das Dores, ( 8.1.87;