22-28 de setembro de 2023

Relato da Peregrinação

“Da terra do Egito fiz sair profetas e santos; uma bênção sobre a terra do Egito, que a sua folhagem permaneça verde e as árvores que crescem junto ao rio Nilo prosperem e continuem a produzir os seus frutos para alimentar o seu povo; um trono glorioso foi colocado em cada lugar, por onde passaram a Virgem Maria, Minha Mãe, José, o Justo, e Eu próprio;

Egito, Nós pisamos em teu chão e o incenso subia ao Céu enquanto passávamos; não leste nas Escrituras:

“Embaixadores virão do Egito, “1

e por ventura não sabes que Eu te ungi também a ti?2 Nada menos que a altura do próprio céu acima da terra é a grandeza do Meu Amor por ti; possa o teu solo continuar a produzir alimento e manter-te jubilosa;(Mensagem de A Verdadeira Vida em Deus, 16 de outubro de 2000)

Cristo disse uma vez a Vassula nas mensagens da Verdadeira Vida em Deus: faz o teu melhor e Eu farei o resto! Os preparativos para a13ª peregrinação ecumênica ao Egito, que ocorreu de22 a 28 de setembro de 2023, foram uma luta difícil para Vassula e a equipe de peregrinação superarem; eles fizeram o melhor que puderam, e Deus fez o resto. A logística era formidável, as negociações eram complicadas. Em momentos críticos da fase de planeamento, foi-nos pedido que rezássemos para que esta peregrinação se concretizasse. Deus respondeu às nossas preces. Vassula explicou mais pormenorizadamente: “Não tenho palavras para dizer como esta peregrinação foi importante desta vez. Foi por isso que tivemos tantos obstáculos para encontrar as pessoas certas (agências de viagens) para trabalharem conosco e tivemos de negociar com elas. Dissemos, então, durante a negociação que, se acontecesse, seria um milagre”.

Sim, foi um milagre, até no cronograma, pois, mal sabíamos que dias depois de partirmos, toda a região iria explodir em conflitos, com fronteiras fechadas e crises. O fato é que estivemos ali, naquele momento, a rezar pela paz, pela unidade e pelo amor; Deus ouviu as nossas preces? Isso fará a diferença? Será que evitamos uma crise ainda maior? A nossa fé nos dá a confiança em saber que o que foi feito fez a diferença.

Sexta-feira, 22 de setembro de 2023 foi o dia da chegada. Muitos não sabem que existem duas Terras Santas – dois lugares onde Jesus pisou, sendo o Egipto um deles. Com excitação, entusiasmo e expetativa, mais de 500 peregrinos de 63 países dirigiram-se para o Grand Nile Tower Hotel. O hotel foi construído na sua própria ilha, junto ao rio Nilo, e cada quarto tem vista para o Nilo.

A igreja copta (do Egito) tem na sua doxologia estas palavras: “Alegra-te, ó Egito; ó povo do Egito e todos vós, filhos do Egito, que viveis

Rio Nilo, vista do hotel

dentro das suas fronteiras, alegrai-vos e levantai os vossos corações, porque o amante de toda a humanidade, Aquele que existia antes do início dos tempos, veio até vós“.

Tivemos de beliscar a pele para nos certificarmos de que não estávamos sonhando, enquanto víamos o pôr do sol dançar com a sua luz sobre o Nilo, juntamente com os pequenos barcos que subiam e desciam esta antiga fonte de vida para o Egito. Sim, que bênção poder vir ao Egito!

Vassula reconheceu que muitos dos que chegavam estavam em trânsito por 14 a 20 horas, fazendo um tremendo esforço para participar. Nossos corações silenciosamente louvaram a Deus por Suas bênçãos – nós chegamos!

Acompanhavam-nos 80 clérigos cristãos de 22 denominações – incluindo monges e freiras, e a boa vontade e amizade de representantes Muçulmanos e Budistas. O ar quente, seco e reconfortante que nos cobriu após a nossa aterrissagem iria cobrir-nos durante os seis dias seguintes. Certamente que a Virgem Maria, que protege o Egito, ajudaria a todos na nossa viagem de peregrinação, numa terra onde é amada e venerada por todos os cristãos e muçulmanos.

A Procissão

No sábado, 23 de setembro de 2023 nosso dia começou com uma procissão de abertura para dar as boas-vindas ao clero – cristão, muçulmano e budista – em celebração a Deus, dando, antes de tudo, Glória ao nosso Deus, por quem estamos participando desta peregrinação. Vassula liderou esta procissão com oitenta clérigos atrás dela, caminhando lentamente para a frente da sala, solenemente, em contemplação e oração. Cada um deles se apresentou, expressando sua unidade e unicidade. O Padre Vincent chamou os sessenta e três países representados e os respectivos peregrinos levantaram-se em conformidade.

Vassula deu-nos as boas-vindas trazendo à memória “O Astiname de Maomé”. No ano de 1516-17, este testamento, depois de receber autenticidade histórica das autoridades islâmicas, foi levado para Istambul para ser guardado em segurança. Esta carta concede proteção e outros privilégios aos seguidores de Jesus, concedida aos monges Cristãos do Mosteiro de Santa Catarina. Está selada com uma impressão que representa a mão de Maomé.

O Astiname de Maomé

Este documento denota que a unidade entre as fés Cristã e Muçulmana é o fundamento e a estrutura da cultura egípcia e das suas tradições. Vassula aludiu ao fato de que Deus está de fato a manifestar a Sua misericórdia para conosco neste momento, que o mundo não merece a misericórdia que recebemos, mas que o Seu amor é incondicional.

Ela nos lembrou que o Seu amor nos une porque todos nós viemos do Pai e somos Sua semente. Vivemos sob o mesmo sol, não importa de onde viemos. Uma atitude fraterna agrada a Deus. Precisamos lembrar que Deus nos escolheu; nós, no nosso estado de pecado, não O escolhemos. Por isso, a nossa principal missão é amá-Lo e servi-Lo, para O glorificar. Ela concluiu nos lembrando que devemos baixar totalmente a cabeça para que Ele possa nos levantar.

Em 31 de janeiro de 1991, Nossa Senhora disse a Vassula que Deus nos chama. Nós nascemos para Ele, para O amar, para Lhe agradar. Somos chamados a voltar para Ele. Em uníssono, devemos rezar pela paz e ser zelosos pela paz. As orações pela paz são as flores da Primavera de Deus. A nossa glória a Deus não é em vão.

O Bispo Serafim, do Zimbabué, referiu-se a Santo Atanásio de Alexandria, dizendo que todos somos filhos de Deus. O que é a vontade de Deus não é a nossa vontade. Ao seguirmos a vontade de Deus, fazemos o que é correto. Santo Atanásio iluminou que as trevas são a ausência de luz. Com a paz nos nossos corações, iniciamos o processo de Metanoia. Qualquer divisão entre nós crucifica Jesus. Jesus pretende que o amor e a justiça pertençam a todos. O sofrimento que encontramos é um indicador de que somos responsáveis pela manifestação de um mundo melhor. Não nos devemos preocupar com a política, mas com a paz através do diálogo pacífico. O Egito protegeu a vida de Jesus. A luz que nos é dada pela presença de Deus está sempre conosco para nos proteger.

Apresentações do Clero

E assim, com a nossa Mãe Santíssima como guia, começámos a nossa viagem de peregrinação ao Egito. Durante a nossa viagem, muitas pessoas nas ruas acenavam ao nosso grupo de treze ônibus.

Expressam com os seus sorrisos um calor infantil acolhedor no coração. A maioria dos que visitam esta Terra Santa experimentam esta conexão com a população local. A pobreza no Egito é de 60%, mas, surpreendentemente, nasce um bebê a cada 16 segundos. O crescimento da população é tão grande que se vêem construções por todo o lado: construção de novos arranha-céus e de novos bairros.

O governo está mesmo trabalhando na construção de uma nova capital para levar todos os escritórios e trabalhadores para uma nova cidade, a fim de ajudar a aliviar o intenso congestionamento no Cairo.

Uma Fotografia da Aparição da Virgem Maria em Zeitoun

A Igreja das Aparições

Zeitoun

O interior da Igreja de Zeitoun

Igreja de Zeitoun

Temos fé que as nossas orações vão fazer a diferença, apesar de o mundo estar tão distante da paz. Parêntesis: a guia turística do nosso ônibus nos pediu para chamá-la de “mamãe”. Ela sentia que todos os peregrinos são seus filhos. Ela tinha um carinho tremendo e, de muitas maneiras, nos transmitia o amor pela sua terra, seu povo e sua história. Explicou muitos dos problemas que o Egito enfrenta atualmente com a economia, a explosão populacional e outros. Isto despertou em muitos de nós uma empatia pelo Egito e pelo seu povo, com esperanças e orações pela sua proteção, segurança futura e sucesso. Isso me trouxe à mente o que Jesus tinha a dizer sobre o Egito

“… a terra que Me nutriu… a terra que Me protegeu da morte, bendito seja o Egito, Meu povo, a terra que Eu sempre guardarei com carinho no Meu Coração;” (Mensagens de AVVD, 8 de dezembro de 2014)

Ouvir o nosso guia turístico falar sobre a história do Egito nos induziu a todos a apreciar também este lugar que fomos tão abençoados por poder visitar.

Vassula com o Clero Cristão e os Xeques na Igreja de Zeitoun

Como todos sabemos, a Sagrada Família fugiu para o Egito, quando a vida de Jesus estava ameaçada por Herodes. Seguimos os passos da Sagrada Família, tendo um vislumbre de suas viagens, um mapa dos locais por onde passaram, quanto tempo permaneceram em cada local e o que encontraram. Viajaram da margem oriental do Nilo para a margem ocidental, e depois voltaram do ocidente para o oriente, atravessando novamente o Nilo. Acredita-se que esta viagem durou quatro anos. O período de tempo mais longo em que a Sagrada Família permaneceu num mesmo local foi de seis meses. O seu movimento contínuo era para evitar que fossem detectados por aqueles que queriam fazer mal a Jesus.

Depois visitamos a Mattareya ain Shams – o local de repouso da Sagrada Família debaixo de um Sicômoro. A árvore que hoje aí se encontra é antiga. Neste local, a Sagrada Família permaneceu três meses. O Sicômoro produz um fruto doce, semelhante ao figo, e os seus ramos largos dão sombra. Junto a esta árvore encontra-se um poço onde a Virgem Maria dava banho no menino Jesus. Quando jogou fora a água, a árvore brotou.

Vista Flutuante da Bíblia

O Lugar de Repouso da Sagrada Família

O Sicômoro - Lugar de Repouso da Sagrada Família

O Sicômoro – Lugar de Repouso da Sagrada Família

O óleo extraído da casca do Sicômoro, chamado Holy Maryon, era utilizado desde os tempos apostólicos para abençoar e ungir. São muitas as histórias que se contam sobre esta árvore Sagrada. Há mais de mil anos que milhões de pessoas peregrinam até lá. É difícil compreender todo o significado deste local, sentar-se onde a Sagrada Família encontrou repouso, sombra, comida e água; considerar historicamente o custo que muitos peregrinos despenderam para visitar este lugar, e até mesmo ter a graça de chegar a tal local. Neste dia quente e ensolarado, nos sentamos debaixo desta árvore pensando na Sagrada Família e no seu descanso aqui. Eles podem ter encontrado salteadores e bandidos no deserto, juntamente com o calor e o sol escaldante… por outro lado, tudo o que tivemos que fazer foi descer do ônibus! A graça de estar ali era incomensurável. Este lugar sagrado pode ser lembrado continuamente, trazendo conforto à alma… lembrando-nos que, por mais difícil que seja a luta, interior e exterior, Deus providencia descanso, sombra e alimento. Ahh, – se pudéssemos ficar aqui mais tempo, e nos sentarmos em silêncio para contemplar todo o significado da Sagrada Família e da sua fuga para o Egito!

Na parada seguinte, ao sul do Cairo Antigo, visitamos Maadi, a igreja da Virgem Maria. Maadi significa ponto de passagem. A Sagrada Família partiu deste local para o Alto Egito (o Alto Egipto é na realidade o sul do Egito) para escapar dos soldados de Herodes. Em 12 de março de 1976, um diácono encontrou neste local uma Bíblia Sagrada flutuando na água. Foi resgatada e milagrosamente aberta no capítulo 19 de Isaías: “Abençoado seja o Egito, meu povo.

O pórtico da igreja estende-se até à margem do Nilo, permitindo uma visão próxima do rio, e no interior da igreja se encontram escadas que se acredita terem sido o local onde a Sagrada Família subiu num barco para prosseguir a sua viagem. Terminamos o dia com uma Missa na Igreja Católica Romana de S. José: uma igreja grande e bonita que acolheu os mais de 500 peregrinos.

Vista Flutuante da Bíblia

Vista Flutuante da Bíblia

Bíblia Flutuante

A Bíblia Flutuante

Domingo, 24 de setembro de 2023

Devido à fertilidade do Nilo e ao seu clima temperado, a terra à sua volta é extremamente produtiva. Isto ajuda a alimentar a população, mas, devido à explosão demográfica, o Egito continua a ter que importar muitos produtos alimentares. A medida que viajávamos para fora do Cairo e para além da margem de fertilidade em torno do Nilo, percorremos um deserto sem fim. Deste deserto surgiu a antiga maravilha do mundo, a Grande Pirâmide de Gizé.

Calcula-se que a Grande Pirâmide contenha dois milhões de blocos de pedra. É enorme. Ao lado da Grande Pirâmide há duas outras pirâmides mais pequenas. O nosso guia turístico disse-nos que cada faraó não queria ficar mais alto do que o seu pai ou avô, por isso cada pirâmide foi construída progressivamente menor.

A Esfinge

As Pirâmides

À volta de cada uma das pirâmides havia três outras pequenas pirâmides onde fpram enterradas as esposas dos faraós. O nosso guia fez-nos saber que a nossa civilização mundial começou, de fato, no Egito, através dos egípcios.

Todo o planalto foi amplamente melhorado, de tal forma que se pode conduzir, caminhar ou andar de camelo durante vários quilômetros ao redor de todo o local. Olhando para o horizonte, além das pirâmides, vê-se uma fila de camelos… esta vista poderia sem dúvida ter sido idêntica há 2000 anos! Será que a Sagrada Família a viu? Todos nós gostamos desta visita, aprendendo sobre o antigo Egito, e os peregrinos da AVVD andaram por cima das pedras das pirâmides, tirando mais selfies do que se pode contar!

Além das pirâmides, visitamos a Esfinge. A nossa guia a chamou de “protetor das pirâmides”. Explicou-nos que o seu corpo é o de um leão com cabeça humana, representando um ser humano perfeito e completo, atingindo simultaneamente a força física e mental.

O Egito foi abençoado através da nossa peregrinação. A prova desta bênção é o encontro que Vassula teve com o Patriarca de Alexandria, Theodoros II. Ela encontrou-se com ele no domingo, 24 de setembro, na catedral do mosteiro de São Jorge. Como lemos na notícia sobre o acontecimento, o que sobressai é que, na verdade, podemos alcançar a unidade, a fraternidade, a irmandade e a paz entre cristãos e outras confissões religiosas. Deus é um só e nos pede que sejamos um só sob o Seu nome. Reunimo-nos como um só corpo, cada um de nós com as suas próprias percepções, orações e lutas para estarmos simplesmente juntos sob Cristo.

Como afirmou Vassula: “O ponto alto da peregrinação foi o encontro com o Patriarca Ortodoxo Grego. Ele abandonou toda a sua agenda e viajou 3 horas para vir de Alexandria para o Cairo. Ficou mais do que encantado por se encontrar com todos nós, tocando os sinos e cantando Cristo Ressuscitou.”

Vassula com o Patriarca Theodoros B

Saudação do Patriarca Theodoros

O Patriarca Theodoros abençoa Vassula

e abençoa a Vassula

Bênção

O Patriarca Theodoros abençoa Vassula

Com o Patriarca Theodoros B

Encontro com o Patriarca Theodoros II na Catedral de São Jorge

Ele deu a sua bênção a Vassula, o que, por associação, confere magnitude e importância à sua missão e às Mensagens de A Verdadeira Vida em Deus. Tudo para a Glória de Deus!

Segue-se o que Vassula disse ao público na Igreja de São Jorge:

Afirmou que o objetivo em questão é que a paz, o amor e a humildade se manifestem na Terra, como é a vontade de Deus para todos nós. Estamos aqui para nos ajudarmos uns aos outros a atingir a perfeição em Cristo. Estamos aqui como embaixadores para permitir que o Espírito Santo trabalhe em nós e através de nós. Precisamos de amar e cuidar uns dos outros, dando assistência e consolação. A igreja de São Jorge é a única igreja redonda no Egito. Foi aqui que Vassula apresentou sua palestra ao público, na presença do Patriarca Theodoros II. Como confirmação da importância deste encontro, o Patriarca entoou novamente o “Christos Anesti”, Cristo Ressuscitou! como ponto culminante do evento.

Segue-se o artigo escrito sobre o acontecimento: Orthodoxy International Ecclesiastical News Agency – Patriarcado de Alexandria e toda a África. O Patriarca de Alexandria enviou uma mensagem de paz aos peregrinos.

PATRIARCA THEODOROS (57)

Alguns dos peregrinos na Catedral de São Jorge com o Patriarca Theodoros II

Sua Santidade Teodoro II, Papa e Patriarca de Alexandria e de toda a África, esteve no Santo Mosteiro Patriarcal de Agios Georgios, no Cairo Antigo, no domingo, 24 de setembro de 2023. Recebeu um grande grupo de visitantes estrangeiros que se encontravam em peregrinação aos santuários cristãos da região do Nilo e que também visitaram o Santo Mosteiro, também conhecido como a “Rotunda do Oriente”.

Dirigindo-se aos visitantes, Sua Santidade, depois de descrever a história da Igreja de Alexandria e do habitat monástico “theovadistos” (“pisado por Deus”), onde, segundo a tradição, a Virgem se refugiou com o Menino Jesus durante a “fuga para o Egito”, falou da necessidade de prevalecer a paz, dizendo, entre outras coisas “… Do secular Mosteiro de São Jorge, o Grande Mártir do Cairo Antigo, enviamos uma oração ao Deus do Amor e um apelo à paz mundial, para que possamos viver em paz com solidariedade social e uma distribuição equitativa dos bens. Rezamos para que os povos do mundo vivam em paz, porque esta é a vontade de Deus. Hoje, mais do que nunca, sentimos a responsabilidade de uma convivência harmoniosa, protegendo os imigrantes, os refugiados e as crianças necessitadas como nossos verdadeiros irmãos e irmãs. Apelamos aos líderes mundiais, políticos e religiosos, para que trabalhem nesse sentido, para que juntos ponham fim a todos os conflitos bélicos, para que possamos utilizar os recursos naturais, dádivas de Deus, para erradicar a pobreza e restaurar a ordem social, a justiça, a proteção dos órfãos e das crianças necessitadas e, em geral, de todos os seres humanos que sofrem. Esta é a melhor maneira de sublinhar a importância do 75º aniversário da fundação das Nações Unidas após o sofrimento da Segunda Guerra Mundial. Qualquer guerra é uma derrota para a humanidade, porque põe em perigo a segurança de toda a comunidade mundial. Terrível e contrário à vontade divina é o uso de armas que matam populações, semeando tristeza, dor, lágrimas e morte, causando até consequências ambientais desastrosas.

Além disso, as pandemias e as alterações climáticas, as deslocações de populações e as desigualdades gerais só têm consequências negativas para todos.

O outro, o nosso próximo, é o nosso irmão, a imagem viva de Deus, sem separações. Precisamos de paz e de solidariedade social ativa, sem distinção, para lidar com estas situações difíceis. O nosso mundo, a nossa casa comum, é um só: foi-nos legado e devemos transmiti-lo incólume às gerações futuras. Vamos libertá-lo da guerra e do pesadelo nuclear. Vamos dar um novo fôlego ao diálogo entre nós. Um diálogo honesto e sincero cria as condições para um novo caminho criativo e abençoado. Iniciemos, pois, este diálogo, que é o remédio mais eficaz para a reconciliação dos povos. A paz é sempre possível!

Durante a visita do grande grupo ao Mosteiro Sagrado de Agios Georgios, o Muito Reverendo Metropolita do Zimbabué, Sr. Seraphim, também esteve presente.

008 PATRIARCA THEODOROS

O Patriarca Theodoros II com Vassula na Catedral de São Jorge

Discurso do Patriarca Theodoros II aos peregrinos

Um segundo encontro muito importante ocorreu nesse mesmo dia. Além da sua visita ao Patriarca Theodoros II, Vassula e os 80 membros do clero se encontraram com Sua Santidade o Patriarca Tawdoros II, Papa de Alexandria e Chefe da Igreja Ortodoxa Copta no Cairo. O Papa Tawadros apresentou aos ouvintes a Igreja Copta e lhes deu uma visão da sua história e tradição. Vassula familiarizou o Papa com as atividades e a missão de A Verdadeira Vida em Deus, que se concentra principalmente na promoção da unidade, paz, harmonia e reconciliação entre todas as pessoas. Após a sua partida, o Papa Tawadros II ofereceu a Vassula e a todo o clero um presente comemorativo: um ícone da Virgem Maria com a Sagrada Família; um presente que foi muito apreciado.

Vassula com o Papa Copta

A Visita do Papa Tawadoros II de Alexandria

VASSULA E O ÍCONE DO PATRIARCA

e Chefe da Igreja Ortodoxa Copta

O Clero e Vassula com o Papa Tawadoros II de Alexandria e Chefe da Igreja Ortodoxa Copta

Depois destes importantes acontecimentos, dirigimo-nos à Igreja de São Sérgio e Baco, situada na cidade velha do Cairo. A igreja tem portas pesadas que serviram de proteção durante os tempos de perseguição cristã. Por baixo desta igreja encontra-se uma gruta onde a Sagrada Família se abrigou quando esteve no Cairo. Todos os peregrinos desceram os degraus e, ao atravessarmos a cripta que contém a gruta, tivemos momentos preciosos de oração neste local sagrado. Por cima da gruta, a igreja, construída no interior de uma fortaleza, data do séculoV d.C. e tem o nome de dois santos, os primeiros mártires da igreja Copta. Esta igreja e local sagrado têm um profundo significado histórico e religioso na tradição Copta.

Igreja Suspensa 1

A Igreja Suspensa

Igreja Suspensa 2

A Igreja Suspensa

A nossa próxima parada foi “A Igreja Suspensa”, conhecida como Al Moallaqa, que é uma das mais belas igrejas do Cairo, com um interior ricamente decorado. É uma igreja Ortodoxa Copta e, muito provavelmente, a primeira construída em estilo basílica, datando de 690-692 d.C. A sua estrutura arredondada de madeira foi deliberadamente construída desta forma para representar a arca de Noé, que representa o refúgio espiritual. As igrejas coptas não têm ouro no seu interior, simbolizando assim o refúgio para todas as pessoas, ricas e pobres.

No total, a Sagrada Família esteve em 62 lugares em todo o Egito durante quatro anos. Nós visitamos quatro desses lugares. A Virgem Maria – como os egípcios chamam Santa Maria – é a padroeira e a santa mais exaltada do Egito. É considerada a protetora do Egito e é aclamada como a mulher mais santa que pisou o seu solo. Vimos ícones, imagens, estátuas, todos dedicados à sua honra. Os primeiros passos de Jesus, as primeiras palavras, a primeira visão, a primeira comida, os primeiros encontros foram todos vividos no Egito. A presença de Jesus, mesmo enquanto bebê e criança, trouxe uma força vital a esta terra. Notavelmente, muitos dos ícones sagrados no Egito têm uma qualidade simples, de arte popular, que é muito atraente. Foi revigorante ver a inocência em tantos ícones, lembrando-nos que Jesus, ainda muito jovem, consagrou estas terras.

As igrejas cristãs estão mais ou menos em uma parte do Cairo e são sempre tratadas com respeito, conforme prometido e acordado no “Ashtiname de Maomé”. Enquanto caminhávamos de uma igreja para a outra, os vendedores ambulantes aproximavam-se de nós tentando vender artigos religiosos e lembranças. Ouvímo-los constantemente a chamar-nos “um dólar!”. Muitos peregrinos compraram algumas lembranças.

Segunda e terça-feira, 25-26 de setembro de 2023

Os nossos treze ônibus embarcaram numa longa viagem que começou às seis da manhã de segunda-feira,25 de setembro. Chegamos aos nossos hotéis nessa noite por volta das 21 horas, depois de termos feito uma parada para celebrar a Santa Liturgia e tomar um refresco. Esta viagem foi uma oportunidade incrível para conhecer o Sinai, pois pudemos ver grandes extensões do deserto e atravessar grande parte dele. É difícil compreender este lugar sem vê-lo de perto. É um deserto sem fim de pedra, rocha e areia, com pouca vida visível: seco como um osso, varrido pelo vento. Como é que alguém pode sobreviver num tal deserto durante um dia, quanto mais 40 anos? Como é que os santos da igreja primitiva sobreviveram neste território? Será esta uma representação do deserto espiritual que Jesus descreve e nos diz que atravessamos no nosso tempo? Se assim for, este deserto é assustador, perigoso, sem vida, sem fim. Sem Deus, parece impossível de sobreviver!

Estas palavras de Cristo nas Mensagens ganham vida na nossa alma… quando pensamos na nossa viagem pelo Sinai:

“Durante anos, Eu, o teu Deus, vivi no teu deserto, não encontrando nenhum repouso e nenhuma consolação por parte de uma criatura que aliás Eu Mesmo tinha criado com tanto Amor. Com grande consternação te via afastar-te de Mim. Bastava-Me dizer: “Que este deserto e esta terra árida exultem!” Mas queria a tua colaboração; Eu não queria violar a tua liberdade. Minha bem-amada, para te libertar, tive de arrastar-te, ao longo de todo esse caminho no deserto e deixar-te entregue a ti mesma. Só então, conseguiste compreender como eras nua e como a tua alma estava manchada; e, assim, com grande terror, acabaste por te prostrar a Meus Pés e compreendeste quão miserável era o estar só. Eu, depois, fiz-te compreender quanto Eu tinha sofrido no teu próprio deserto e como os Meus Lábios tinham ficado mais secos que os pergaminhos, pela sede de amor;” (Mensagens de AVVD, 3 de março de 1990)

Desembarcamos em Sharm el Sheikh para celebrar uma Santa Liturgia Ortodoxa em Santa Maria Nossa Senhora da Paz: uma igreja enorme, bonita, mas simples. Foi uma liturgia longa, mas louvamos a Deus por termos podido receber a Eucaristia sacramentalmente e celebrar ecumenicamente. Foi uma experiência extremamente comovente, receber o corpo e o sangue de Nosso Senhor antes de continuarmos nossa longa jornada.

Na nossa visita...

A caminho do Sinai

Comboio 1

A caravana dos nossos treze ônibus no deserto

Pernoitamos em Dahab, com um bom número de peregrinos sem dormir de todo para chegarem ao cume do Monte Sinai ao nascer do sol, o local exato onde Moisés recebeu os Dez Mandamentos do nosso Pai, Deus. Esta viagem dentro da nossa jornada teve um significado excepcional para os escaladores. Estes peregrinos não dormiram durante vinte e quatro horas. Desnecessário dizer que a nossa viagem para Dahab foi, por si só, um desafio. Acordamos na manhã seguinte, na terça-feira, 26 de setembro, às 6h da manhã, com tempo suficiente para mergulharmos rapidamente os pés no Mar Vermelho, testemunhando o nascer do sol quente e brilhante no horizonte azul, antes do nosso transporte para o Mosteiro de Santa Catarina.

O Mosteiro de Santa Catarina foi o ponto de encontro de todos os peregrinos na terça-feira, 26 de setembro. Situa-se no sopé do Monte Sinai; é um mosteiro ortodoxo grego, considerado o mais antigo mosteiro cristão habitado do mundo. Foi fundado em 527 d.C., substituindo a capela anteriormente construída pela Imperatriz Helena em 337 d.C. Situa-se no local exato onde Moisés viu a Sarça Ardente. No século X, alguns monges afirmaram ter encontrado o corpo intacto de Santa Catarina numa montanha próxima, daí o nome do mosteiro como Mosteiro de Santa Catarina.

Foi aqui, no Mosteiro de Santa Catarina, que nos sentimos puramente imersos no silêncio do deserto, enquanto esperávamos para entrar no mosteiro. Em agradecimento, alguns peregrinos cantaram a “Ave Maria”. Só através da oração sincera, da busca de Deus, mesmo no nosso deserto secular, é que encontramos a esperança.

Mosteiro de Santa Catarina

011 Catarina

Mosteiro de Santa Catarina

Não há palavras para descrever a santidade dentro do mosteiro. Dentro da capela do mosteiro, ajoelhamo-nos em frente ao altar do mosteiro, como que obrigados a ajoelhar-nos pela santidade desta igreja. Sem qualquer hesitação, rezamos ao Senhor, à nossa Santa Mãe e a Santa Catarina.

Como prenda pela nossa visita, um dos nossos peregrinos ofereceu seis livros de mensagens gregas de “A Verdadeira Vida em Deus” aos monges, para que estes, por sua vez, os possam oferecer ao Arcebispo do Mosteiro de Santa Catarina. Saímos da capela do mosteiro espiritualmente revigorados e dirigimo-nos para a Sarça Ardente, onde Moisés ouviu o nosso Pai, Deus, falar com ele. Estar diante da Sarça Ardente, em oração, proporcionou-nos um outro momento exaltado, inspirador e transformador que permanece conosco até hoje. Depois de rezarmos, uma folha seca da sarça caiu no passeio, à frente dos nossos pés – e, claro, demos de presente a um casal do nosso ônibus que não tinha visto a sarça! Em troca, recebemos deles um pedaço de rocha do topo do Monte Sinai, pois não o escalamos! Todos os escaladores com quem falamos nos disseram que a subida foi muito difícil, pois não tiveram descanso antes da subida; mas também disseram que valeu a pena. Sacrifícios como este agradam a Deus, e temos fé que as suas orações no Monte Sinai incluíram todos os peregrinos, a Igreja e o mundo inteiro.

Monte Sinai 3

Os Beduínos com os seus camelos

Monte Sinai 2

O nascer do sol no monte Sinai

Quarta-feira, 27 de setembro de 2023

Cidade do Lixo

A Cidade do Lixo

No último dia, celebramos a missa no mosteiro de S. Simão, o Curtidor. Este mosteiro está situado perto de um lugar chamado “Cidade do Lixo” pelos habitantes locais. As 50.000 pessoas cristãs coptas que vivem ali, na “cidade do lixo”, são colectores e recicladores de lixo, e trabalham nesta função há mais de 70 anos. O governo egípcio ofereceu uma vez o seu deslocamento, mas eles recusaram. Estão ligados a este Local Sagrado. Antes do domingo de cada semana, toda a cidade é limpa. O mosteiro fica, de fato, no lado mais afastado desta “cidade”. Os habitantes vão recolher o lixo em todo o Cairo e trazem-no para a cidade para ser tratado. Passamos de carro por esta mini-cidade, vendo como eles embalavam, recolhiam e processavam o lixo da grande cidade de uma forma diligente. Foi uma visão de abrir os olhos. Ícones e imagens de Jesus e da Virgem Maria estavam em quase todas as portas e montados em pedras e paredes exteriores. Até tinham um mercado de agricultores com montes de pepinos e tomates para o povo. Para este passeio, tínhamos sido transferidos para um micro-ônibus, de modo a percorrer as ruas estreitas para chegar ao mosteiro, situado no outro lado desta mini-cidade.

São Simão, a quem o mosteiro é dedicado, incitou o movimento das Montanhas Muqattam para provar a força da sua fé e crenças Cristãs. O mosteiro foi construído em honra deste milagre da “montanha que se move”. Moveu-se quando duas mil pessoas rezaram em uníssono dizendo: “Senhor, tende Piedade”. Este milagre aconteceu em 979 a.C., e a construção do mosteiro começou exatamente mil anos depois. A gruta onde celebramos a Santa Missa foi esculpida na rocha com imagens sagradas esculpidas na rocha por toda parte. A história da montanha que foi movida diz o seguinte: O Califa Al-Muizz costumava convidar diferentes líderes religiosos para debaterem na sua presença. Num desses encontros, em que estavam presentes o Papa Abraão e um judeu chamado Yaqub (Jacob) Ibn Yusuf Ibn Killis, Abraão levou a melhor no debate. Para se vingar, Ibn Killis citou o versículo em que o Senhor Jesus Cristo diz, em Mateus 17,20:“Se tiveres fé como um grão de mostarda, podes dizer à montanha: Passa daqui para ali, e ela passará, e nada te será impossível” e exigiu que o Papa provasse que a sua religião está certa por meio disso.

O Califa viu nisto uma oportunidade única e pediu ao Papa Abraão que deslocasse a Montanha Mokattam. Se não o conseguissem fazer, isso seria a prova de que a religião dos Cristãos estava errada e o Califa acabaria com eles por completo.

Recrutaram um curtidor que trabalhava a reparar sapatos no mercado local. Era conhecido pela sua extrema humildade. Uma vez, ele olhou deliberadamente para os tornozelos de uma jovem e seus sentimentos de arrependimento foram tão grandes que arrancou um dos olhos. Tal como a Bíblia diz para fazer.

Assim, depois de três dias de orações e jejum dos Coptas de todo o Egito, o Papa Abraão foi orientado pela Santa Virgem Maria (numa aparição d’Ela a ele) a escolher São Simão para mediar a mudança da Montanha Mokattam. No dia marcado, enquanto o povo, com São Simão, o Curtidor entre eles, rezava o Kyrie eleison (Senhor, tende Piedade), a montanha foi empurrada para cima e para baixo, e o sol podia ser visto debaixo dela. Depois de o milagre ter sido realizado na presença do Califa, o Papa virou-se para a esquerda e para a direita à procura de São Simão Curtidor, mas este tinha desaparecido e ninguém o encontrava (sinal da profunda humildade do santo).

O Califa, a tremer de medo, abraçou calorosamente o Papa e este fato marcou o início de uma longa amizade entre os dois. O Califa pediu ao Papa que lhe indicasse a sua recompensa. Depois de alguma hesitação, o Papa pediu autorização para reconstruir ou renovar algumas igrejas, nomeadamente a de São Mercúrio, na Babilônia. Esta igreja, que foi parcialmente destruída, estava a ser utilizada como armazém de açúcar. O Califa ofereceu fundos do tesouro do Estado para a reconstrução da igreja, mas Abraão recusou. “Aquele cuja Igreja estamos a construir não precisa do dinheiro deste mundo e é capaz de nos ajudar até terminarmos o trabalho”, disse Abraam. https://orthodoxwiki.org/Simon_the_Shoemaker)

Vassula com mulheres locais na cripta

Vassula conversa com mulheres locais

Com as mulheres Egípcias na cripta

na cripta do Mosteiro de São Simão

Mosteiro de São Simão

No barco com os representantes Muçulmanos

Vassula falando com os Xeques no nosso passeio de barco

Depois da Missa, os peregrinos celebraram o encerramento da nossa peregrinação com cânticos e danças num passeio de barco no Nilo. Este almoço no Nilo incluiu um buffet, música ao vivo e um espetáculo de danças sufi por um comediante muito divertido. Ele sabe cumprimentar em todas as línguas do mundo. Desfrutar da companhia dos nossos amigos peregrinos, novos e velhos, foi como uma bênção alegre, um agradecimento de Deus por participarmos nesta viagem contemplativa, transformadora, educativa e, acima de tudo, cheia do Espírito Santo.

O dia terminou, tal como a nossa viagem de peregrinação, na sala de jantar do nosso hotel, com reflexões finais, orações e ideias. Na sua intervenção, um xeque Muçulmano esclareceu-nos que as autoridades atuais se opõem à religião. Se necessário, Deus nos castigará para que, por nossa vez, evitemos os prazeres terrenos. Os prazeres terrenos conduzem ao castigo de Deus. A fé é o que torna o ser humano civilizado.

O bispo Riah-Nassar, de Nazaré, expressou que A Verdadeira Vida em Deus nos uniu para experimentarmos uma maior unidade. Através da misericórdia de Deus, encontramos a unidade para O exaltar. Afirmou: “Da terra do Santo, ‘A Paz esteja convosco'”. A nossa criação está gemendo e o mundo está a arder, sem justiça, sem paz. Deus está esperando que O encontremos em nosso próprio ser. O nosso chamado de Deus, conforme retratado na história do Bom Samaritano do Bispo Riah, é ter compaixão, perdoar e esquecer, para que amemos como Deus nos ama.

O Mufti-Mustafa Rashfed indicou que foi o Egito que acolheu Jesus e Maria, pelo que é uma terra abençoada. Hoje precisamos rezar para nos protegermos de terremotos, vulcões e armas nucleares. Temos de rezar para que a luta pare e siga a lógica das nossas mentes. Temos de rezar por uma solução para o conflito entre palestinianos e israelitas. Como foram prescientes, de fato, seus comentários.

O Arcebispo Felix Toppo agradeceu a Vassula por permitir que três tradições religiosas se unissem no culto de comunhão. Disse que a prática da misericórdia é fundamental para a nossa devoção comum a Deus. A compaixão em si é ilimitada, por isso pedimos perdão nos arrependendo dos nossos pecados. Os Budistas acreditam na compaixão consigo mesmos e com os outros, para além dos dogmas e dos rituais. Todas as religiões acreditam na reconciliação e na bondade uns para com os outros. A fé traz consigo padrões morais e éticos, mesmo que as crenças dogmáticas possam ser diferentes. A Misericórdia de Deus é uma fonte de misericórdia humana; e não tem limites. A bondade demonstrada pelos cristãos ao longo da história é a manifestação máxima da misericórdia de Deus por parte de Jesus. Na fé islâmica, a benevolência de Deus, Alá, era ilimitada, tanto para os crentes como para os não crentes. Portanto, a compaixão é uma caraterística humana. A fé em si mesma é um poder superior, uma forma de viver uma vida harmoniosa, e a fonte da fé é a misericórdia. Esta misericórdia nos liga à adoração, e a graça junta todas as coisas boas. A graça de Deus transforma o coração do homem. Ao louvar a Deus, as pessoas podem se aproximar umas das outras.

A bondade demonstrada pelos cristãos ao longo da história é a manifestação máxima da misericórdia de Deus por parte de Jesus. Na fé islâmica, a benevolência de Deus, Alá, era ilimitada, tanto para os crentes como para os não crentes. Portanto, a compaixão é uma caraterística humana. A fé em si mesma é um poder superior, uma forma de viver uma vida harmoniosa, e a fonte da fé é a misericórdia. Esta misericórdia nos liga à adoração, e a graça junta todas as coisas boas. A graça de Deus transforma o coração do homem. Ao louvar a Deus, as pessoas podem se aproximar umas das outras.

Vassula deu Glória ao nosso Deus misericordioso. Com Deus, a nossa mesa está sempre cheia. Precisamos de estar ao serviço de Deus e dos outros, e ser o exemplo de compaixão e caridade. Todos nós viemos de Deus. Somos filhos e filhas do Altíssimo. Pertencemos ao Céu. Deus nos reveste com o Seu esplendor e somos um eco de Deus quando espalhamos a paz e a unidade. Somos de descendência real, pois Ele é o Rei dos Reis. Os nossos pensamentos devem ser puros e nobres. Se nos arrependermos, Deus nos favorecerá com um período de paz, e prestaremos contas a Deus no dia do julgamento. Devemos amar e perdoar, e isso é a nossa chave de entrada para o Reino de Deus. O próprio Cristo revelará em nós uma iluminação da consciência. No “Dia do Senhor”, a luz de Deus brilhará nas trevas da nossa alma. Isso nos levará ao arrependimento. Quando adoramos Cristo, Ele nos dá mais d’Ele, apagando a nós próprios. As escamas dos nossos olhos cairão. Em 25 de setembro de 1997, o Senhor disse a Vassula que a chama do Seu Coração é a nossa purificação.

“…um renascimento, abençoado pelo Meu Espírito Santo como nunca na história. A Minha Chama, no Meu Coração, será a vossa purificação, Criação, e será essa a execução do Meu Juizo;” (Mensagen de AVVD, 25 de setembro de 1997)

Quando Ele remove nosso véu, realiza um ato de Amor e nos ganha para Si. Viveremos então na Verdade. O amor de Cristo é ardente e quer aperfeiçoar o nosso amor para nos deleitarmos na verdade. Seremos julgados de acordo com o amor que tivemos aqui na terra. Pôr em prática a palavra de Deus é mais afiado que uma espada de dois gumes. Quando permanecemos n’Ele, proclamamos um só Senhor, uma só fé, um só batismo. Tornamo-nos o ícone perfeito da unidade e os embaixadores de Deus. A Verdadeira Vida em Deus desempenha um papel importante, e é uma obrigação que, através dos nossos esforços, consigamos alcançar a paz desejada. Deus quer te esconder no Seu Coração, como uma criança. O seu nome está escrito no Seu Coração. Tu és o Seu tesouro. Vassula concluiu o seu discurso de despedida agradecendo a todas as pessoas que vieram de longe para a Terra Santa do Egito.

Discurso de despedida

O discurso de despedida de Vassula

o último dia da nossa peregrinação no Egito

***Por favor, encontra e lê todos os discursos, juntamente com “O Ashtiname de Muhammad” apresentados nesta peregrinação no website de A Verdadeira Vida em Deus. (tlig.org)

Nove dias depois de terminada a peregrinação, começaram os atuais problemas na Terra Santa. Ao refletir sobre isto, podemos reconhecer que a peregrinação não poderia ter ocorrido mais tarde do que aconteceu. Sabemos que o tempo de Deus é perfeito. Todos os leitores de A Verdadeira Vida em Deus e aqueles que puderam participar nesta peregrinação devem acalentar a ideia e a realidade de que a paz, o amor e a unidade são possíveis. No Egito foi realizado um ato sacramental de Unidade e esperamos que seja um farol de esperança; e com Cristo o destino da humanidade manifestará um dia a Vontade de Deus: “Na terra como no Céu”.

Alguns dias depois do fim da peregrinação, Vassula enviou a carta abaixo:

Caros participantes da Peregrinação no Egito, dou glória a Deus por nos ter possibilitado realizar esta peregrinação apesar das dificuldades que enfrentamos constantemente durante a sua preparação. A preparação desta peregrinação foi feita em 5 meses, o que é impensável! Normalmente, trabalhamos para uma peregrinação tão grande com dois anos de antecedência. Os peregrinos que prepararam as peregrinações anteriores não dormiram, por vezes, durante vinte e quatro horas inteiras, e mesmo assim lutamos durante esses dois anos;então, imagina que em tão pouco tempo “renascemos das cinzas” numa peregrinação destas. Reunir cerca de 80 clérigos de 22 denominações religiosas, incluindo os nossos irmãos clérigos Muçulmanos e Budistas, foi também inacreditável. Mas para Deus tudo é possível; só a vontade, a nossa vontade, é que Ele quer e o resto Ele faz.

Também tiramos ótimas fotos e vídeos e no devido tempo você os verá.

Quero agradecer aos leigos de AVVD por terem ajudado a trazer os seus clerigos também. Agradeço também aos clérigos que, alguns deles, adiaram os seus programas para virem juntar-se a nós. O Papa Tawadros II, que foi escolhido como 118º papa a 18 de novembro de 2012, encontrou-se com todo o nosso clero, saudando-os calorosamente, cada um deles. Agradeço ao Bispo Damião, que tornou possível este encontro com Sua Beatitude, e agradeço igualmente ao Metropolita Ortodoxo Grego Seraphim Kykkotis, do Zimbabue, que telefonou ao atual Primaz da Igreja Grega de Alexandria, Theodoros II, Papa e Patriarca de Alexandria e de toda a África, para vir ao nosso encontro, informando-o do nosso grupo e da nossa intenção de estar no Egito. Sua Beatitude deixou todo o seu programa para viajar de Alexandria e encontrar-se connosco no velho Cairo, na Igreja de S. Jorge, com entusiasmo, dando-nos um acolhimento caloroso, pedindo ao seu padre vizinho que tocasse os sinos e que todos cantássemos “Cristo ressuscitou” em Grego.

Espero que todos tenham gostado e tenham recebido de Nosso Senhor Jesus as Suas bênçãos e graças. Até à próxima vez. Em Cristo Vassula