7 de Setembro de 1986

 

– A paz esteja contigo. Vem-te arrepender.

– E como devo eu fazer?

– Reza, dizendo: Pai, perdoai-me todos os meus pecados“. Quando rezares esta oração, louva a Deus de todo o teu coração, meditando nessas tuas palavras.                    Daniel

 

– Eu, Deus, amo-te.

– Por favor, dai-me o Vosso Nome.

– Javé. Nunca te sintas miserável, porque Eu irei procurar-te e elevar-te-ei até Mim. Lembra-te sempre disto. Eu amo-te e proteger-te-ei do mal. Lembra-te: Eu Mesmo te voltarei a chamar. Quando ouvires os Meus apelos, fica sabendo que fui Eu, Javé, que te chamei. Eu Mesmo te voltarei a encontrar deste modo. Eu dei-te este dom e estarei sempre ao pé de ti. Reza mais.

 

(Mais tarde)

 

– Eu estou aí, Eu estou aí!

– Quem é?

 

(Tinha dificuldade em acreditar que fosse Jesus e queria despedi-Lo, lembrando-me do que o padre me tinha dito: que Deus não fala deste modo).

 

– Jesus Cristo.

– És Daniel?

 

(Tentava ignorá-Lo e procurava de preferência o meu Anjo).

 

– Não.

– Daniel?

– Não. Não, sou Eu, Jesus. Lembra-te do que te disse antes: que te voltasses para Mim. Apoia-te em Mim.

– Mas quem é que está comigo?

 

(Sentia medo e tinha dúvidas).

 

– Sou Eu, Jesus.

 

(Acabei por aceitá-Lo, a chorar).

 

– Porque choras? Eu amo-te.

 

(Chorei porque me lembrei dos Seus Sofrimentos).

 

– Foi para te libertar que Eu morri! Eu libertei-te. Vive em paz. Chama-Me e Eu estarei contigo.

– Se alguém da rua visse uma coisa destas, zombaria de mim.

– Porquê? Por causa do teu respeito e adoração por Mim?

– Por exemplo, se eu mostrasse isto a outros padres diferentes do Padre Karl, eles zombariam. Diriam que estou louca. Diriam que é Satanás ou que tudo isto vem apenas do meu subconsciente!

– E como se sentiriam eles, se Eu tivesse agido com eles próprios deste modo?

– Realmente, não sei. Alguns ficariam convencidos. Se se tratasse de um bispo, diriam que é divino; mas outros pensariam igualmente que perdeu a razão, por ter demasiada religião na cabeça.

– E tu? Antes, pensavas em Deus?

– Não.

– E pensas que terás mudado?

– Sim, muito.

– Porquê?…Porquê?

– Se consigo explicá-lo: porque Deus me chamou e me convenceu.

– Sim. Bemaventurados os puros de coração, porque verão a Deus.

 

(De repente, todo o inferno se desencadeou. A Besta pediu-me que a adorasse. Mas eu disse-lhe: “Vai-te!”. Ela foi-se. Disse-me que se eu a adorasse antes a ela, ela mesma me glorificaria. Eu ordenei-lhe que desaparecesse; e fê-lo).