27 de Novembro de 1986

 

Dúvidas, dúvidas e mais dúvidas!

 

– O meu coração estremece e falha-me a respiração; o terror instalou-se em mim. Tenho um medo pavoroso de me enganar em tudo isto. O horror invade-me o coração. Ah! E o certo é que o demónio se ri do meu medo… Meu Deus, meu Deus, dai-me um sinal! Serei uma presa do demónio?

– A Paz esteja contigo! Eu sou Javé e governo os céus e a terra. Eu sou o Altíssimo. Apoia-te em Mim, porque te amo. Aí (21) tens o crucifixo, na tua mão (22). Vês como Eu Mesmo bloqueei ao mesmo tempo os teus dedos (23). Eu amo-te. Agora, vou pôr em liberdade a tua mão (24). Sente-te amada por Mim, Minha filha, e conta Comigo. Vai em paz.

 

28 de Novembro de 1986

Sentia-me inteiramente desanimada. Eu não tinha pedido que isto me acontecesse. Por que razão isto me tem de acontecer assim? Que fiz eu?

 – Minha filha? Não te deixes nunca desanimar pelos homens.

– Ninguém está comigo. Ninguém me acredita. Serei eu louca? Porque me censuram eles por Vós me falardes?

– Olha para Mim (25). Sê feliz. Alegra-te, porque Eu estou ao pé de ti. Eu, Jesus Cristo, estou sempre contigo. Alegra-te! Eu fiz-te este dom, a fim de que Me alcances e Me fales por esta via, e Me acredites, Minha filha, quando te digo que muito poucos têm este dom, embora sejam uma grande quantidade, aqueles que desejariam tê-lo. Por isso, alegra-te, sê feliz.


(21) Deus dispunha-Se a dar-me um sinal.
(22) Na minha mão direita, em que segurava o lápis, pus também o crucifixo que estava na mesa.
(23) A minha mão fechou-se de tal modo que já não podia largar nem o crucifixo nem o lápis, nem levantar a minha mão da página.
(24) Quando Deus disse isto, os meus dedos recuperaram a sua liberdade. “O Senhor prosseguiu: “Mete a mão no peito”. Meteu-a no peito e, ao retirá-la, estava coberta de lepra, branca como a neve. O Senhor disse-lhe: “Mete novamente a mão no peito”. Voltou a metê-la no peito e, quando a retirou, a mão tinha o anterior aspecto de carne” (Ex 4, 6-7).
(25) Olhei para o Rosto Amorosíssimo de Jesus. A Sua expressão era cheia de Compaixão.